13 de dez. de 2016

Conheça as opções gratuitas para emissor de NFe


A Sefaz-SP vai acabar com o sistema gratuito para emissão de notas fiscais. No mercado, há alternativas sem custo e outras de relação custo-benefício interessante

Por Renato Carbonari Ibelli
Fonte: Diário do Comércio - SP 

A partir de janeiro de 2017, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) deixa de oferecer o software gratuito para emissão da Nota Fiscal eletrônica (NF-e). As micro e pequenas empresas são as que mais ressentem a descontinuidade do serviço.

Mas há alternativas gratuitas no mercado, embora a maioria delas atenda apenas as necessidades de quem emite uma pequena quantidade de notas mensalmente.

Alguns aplicativos de gestão financeira disponibilizaram emissores gratuitos para substituir o da secretaria da Fazenda. O FreeNFe, por exemplo, inclui no pacote sem custos do emissor uma ferramenta de atualização automática das tabelas do CEST (Código Especificador da Substituição Tributária).

 Há também o Tiranota, aplicativo que em sua versão básica não tem custo, mas não permite armazenamento em nuvem. Para ter acesso a funções mais sofisticadas é preciso pagar.

O mais comum, entretanto, é encontrar aplicativos de gestão com versões gratuitas apenas para teste, caso do Conta Azul, ou do Bling. É interessante que o empresário experimente essas opções e vejam quais se adaptam melhor às suas necessidades.

Nem sempre a gratuidade é a melhor opção


O sistema da Sefaz-SP, por exemplo, apesar de não ter custo, sempre foi criticado pelos usuários. Ele só permite a entrada manual dos dados, ou seja, nota a nota precisa ser lançada no sistema. É inviável para quem emite muitos documentos fiscais. Já a maioria dos softwares pagos, mesmo os que possuem custo bem acessível, permite o lançamento automático das notas, com base no cadastro de clientes e produtos da loja.

Segundo Zenon Leite Neto, presidente da Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), normalmente os desenvolvedores desses softwares trabalham com um preço mínimo, que atende uma quantidade limitada de notas. Há opções a partir de R$ 50 mensais por CNPJ. O valor aumenta à medida que a empresa necessidade emitir mais notas fiscais. “Embora esses sistemas sejam pagos, o valor contempla soluções mais interessantes do que as oferecidas pela Sefaz-SP”, diz Leite Neto.

A Fazenda paulista informou que vai descontinuar seu emissor gratuito porque a maioria dos contribuintes já possui sistemas próprios para gerar as notas fiscais.

CERTIFICAÇÃO DIGITAL 


Também a partir de janeiro de 2017 as empresas do Simples Nacional que possuem mais de três funcionários serão obrigadas a utilizar o certificado digital. Ele será necessário para gerar a GFIP, a guia de recolhimento do FGTS.

Segundo Julio Cesar Mendes, gerente comercial da Soluti, empresa que trabalha com certificação digital, essa obrigatoriedade vai atingir 300 mil empresas. “Dessas, 50% já possuem certificado digital porque emitem nota fiscal. Mas a outra metade vai ter de obtê-lo”, diz Mendes. O gerente da Soluti informa que a emissão do certificado leva de 30 a 40 minutos, e necessita que os sócios da empresa estejam presentes para fazer a biometria digital e facial. Há também a necessidade de apresentação dos documentos originais da companhia.